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CEO da Shell: GNL é parte da 'vantagem' da empresa

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A empresa supera as previsões em 12%.

Durante a teleconferência de resultados da Shell com analistas, o CEO Wael Sawan compartilhou suas perspectivas sobre o papel crucial do GNL na transição energética global. Com foco na dinâmica geopolítica, na volatilidade do mercado e nos avanços tecnológicos, Sawan delineou uma trajetória de várias décadas na qual o petróleo e o gás continuarão sendo parte integrante da matriz energética.

A empresa reportou lucros de US$ 6 bilhões no terceiro trimestre , superando as previsões em 12%, já que as vendas de GNL compensaram uma queda acentuada nos resultados de refino e comercialização de petróleo.

Sawan começou por enfatizar que a transição energética não é um processo rápido, mas sim uma jornada complexa que se estenderá por várias décadas. Ele reconheceu que múltiplas formas de energia serão necessárias para navegar por essa transição de forma eficaz. "O sistema energético enfrentará cada vez mais incertezas e volatilidade devido a mudanças geopolíticas e ciclos de oferta e demanda", explicou. Essa perspectiva reflete o posicionamento estratégico da empresa no mercado.

Wael Sawan

A visão central de Sawan reside na crença de que o petróleo e o gás, particularmente o gás natural, desempenharão um papel crucial por muitos anos. "O gás é parte fundamental do futuro complexo energético", afirmou, ressaltando sua importância em um futuro com baixas emissões de carbono. À medida que o mundo se volta para as energias renováveis, a confiabilidade e a versatilidade do GNL podem ajudar a preencher essa lacuna, especialmente considerando a intermitência das energias renováveis.

Uma das vantagens competitivas da empresa reside em sua robusta capacidade de armazenamento de GNL. Anúncios recentes destacam seu compromisso com a expansão da produção e comercialização de GNL. Sawan observou: "Queremos continuar aprimorando nossa vantagem em GNL nos próximos anos". Aquisições recentes, como o acordo com a Pavilion, que adiciona 6,5 milhões de toneladas de capacidade de GNL , exemplificam essa estratégia.

O CEO destacou projetos em andamento , incluindo o LNG Canada e iniciativas no Catar e na Nigéria, para fortalecer a presença da empresa no setor de GNL. Esses desenvolvimentos estão alinhados com a crescente demanda global por GNL, particularmente dos mercados da China e da Índia, que apresentaram um aumento significativo nas compras.

Sawan abordou o estado atual do mercado de GNL, observando que ele tem sido caracterizado por incerteza e volatilidade. "Os mercados à vista estão mais restritos do que alguns previam", comentou. Esse aperto é parcialmente atribuído a atrasos em grandes projetos de GNL nos Estados Unidos. Além disso, Sawan destacou compradores emergentes de GNL, incluindo Brasil e Egito, que refletem uma mudança no cenário da demanda global de energia.

Apesar dessas flutuações, Sawan expressou confiança na posição estratégica da empresa. "Onde podemos criar valor é tendo opções em um mercado cíclico", disse ele. Como um player importante tanto na compra quanto na venda de GNL , a empresa pretende navegar pelos ciclos de mercado com habilidade.

Olhando para 2025, Sawan reconheceu os desafios de prever a dinâmica do mercado em meio às tensões geopolíticas. "O mercado continua a mostrar equilíbrio, pelo menos para o próximo ano", observou, mas enfatizou a natureza imprevisível da demanda, particularmente na Europa, onde as necessidades industriais diminuíram.

Sawan também discutiu as implicações de contratos recentes, incluindo um com a BOTAS, da Turquia. Embora tenha havido relatos de queda nos preços de contratos a prazo, ele se absteve de divulgar números específicos, afirmando: "Não nos preocupamos com o que não podemos controlar, que são os fundamentos do mercado". Em vez disso, a empresa se concentra em suas respostas estratégicas às mudanças nas condições.

Na frente operacional, Sawan apresentou atualizações sobre projetos importantes. A conclusão da Fase 1 da LNG Canada está próxima, com a expectativa de que as primeiras cargas sejam entregues em meados do próximo ano. Quanto à Fase 2, a decisão cabe aos parceiros da joint venture, que devem apresentar uma oportunidade de investimento viável. "Estamos satisfeitos com nossa área atual, que nos dá flexibilidade na produção", afirmou.

A visão de Sawan inclui não apenas o aprimoramento da produção de GNL , mas também o investimento em soluções energéticas inovadoras. Ele destacou os investimentos da empresa em tecnologias de baixo carbono e biogás, indicando um compromisso com a integração dessas soluções em sua estratégia energética mais ampla. "Precisamos garantir que nossa transição energética esteja alicerçada em bases sólidas", afirmou.

Sawan também argumentou contra a noção de que o investimento de capital deva significar, por si só, um compromisso com a transição energética. Em vez disso, ele destacou a importância de demonstrar retornos consistentes antes de se realizarem novos investimentos. " Investimos significativamente em energias renováveis e precisamos comprovar o valor disso antes de considerarmos investimentos adicionais", explicou.

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