A sede da ConocoPhillips em Houston. A empresa vai cortar entre 20% e 25% do seu quadro de funcionários, segundo a Reuters.A gigante petrolífera americana ConocoPhillips revelou que planeja cortar entre 20% e 25% de sua força de trabalho global como parte de uma ampla iniciativa de reestruturação destinada a reduzir custos e aumentar a competitividade, segundo a Reuters . Com uma força de trabalho de aproximadamente 13.000 funcionários, isso se traduz em demissões que afetarão cerca de 2.600 a 3.250 posições — a maioria das quais deverá ser eliminada antes do final do ano.
O CEO Ryan Lance explicou a justificativa em uma mensagem de vídeo interna, citando uma discrepância de cerca de US$ 2 por barril nos custos de produção controláveis em comparação com os concorrentes; esses custos subiram de US$ 11 em 2021 para US$ 13 em 2024. O esforço de reestruturação, internamente apelidado de “Vantagem Competitiva”, está sendo conduzido por consultores de gestão do Boston Consulting Group, com implementação completa prevista para 2026 e novas camadas de gestão apresentadas até meados de setembro.
Após o anúncio, as ações da ConocoPhillips caíram 3,9%, refletindo a preocupação dos investidores com o aumento dos custos e o impacto esperado da redução da força de trabalho. A empresa planeja realizar uma assembleia geral com todos os funcionários para discutir as mudanças com mais detalhes.
A ConocoPhillips junta-se a concorrentes como a Chevron e a SLB na implementação de cortes significativos este ano, em meio à crescente pressão de custos em todo o setor de energia. No mês passado, a empresa revelou mais de US$ 1 bilhão em oportunidades adicionais de redução de custos e aumento de margem, que complementam as economias já obtidas com a aquisição da Marathon Oil. O lucro líquido do segundo trimestre caiu para cerca de US$ 2 bilhões, marcando o menor nível de lucro desde o início de 2021, segundo a Reuters.
Este relatório baseia-se em informações exclusivas da Reuters.